Frio e lágrimas
Anestesiantes
Transpondo o limite.
A dor deixa de doer
Inerte por fora
Persistente por dentro
Até deixar de existir.
Anulo-me.
Repito-me.
Espero-me...
Aguardo-me.
HHoje 2010
Desatenta, Repensada
como se eu fizesse uma promessa ao pensamento
e à minha sobrevivência.
Deito contas aos desencontros,
Destancio-me de pensamentos parasíticos
de regras e de excepções.
Será que a matéria cede ao meu peso?
HHoje 2012
Escapam-te entre as mãos
e escorregadias ficam as luzes da ribalta,
terminou a festa, agora vem o silêncio, a tragédia,
agora é que vais dançar com o vento.
É secular a ideia, a premissa de que o Amor pode tudo, doce ilusão, como te enganas,
como passaste ao lado da vida que passou por ti.
Isto de segurar a máscara e o manto não dura sempre,
acaba por nos pregar a maior rasteira de todas, somos esquecidos.
Amanhã é outro dia, e quem faz disso vida, pouco se importa se andas à procura do amor perdido.
Já devias saber isso há muito, doce ilusão, como te enganas,
pensares que és o tal,
que o teu sorriso oco e sem propósito quer dizer qualquer coisa de diferente.
É tudo igual, come-me, que eu como-te, ponto final na história.
Doce ilusão, pensares que estás livre para amar plenamente e que te querem,
é só até cair a máscara e a rotina te devolver os vícios, que tanto teimas em não largar
.
Estás cheio de chuva ácida no teu interior,
livra-te dela quanto antes ou serás corroído por ela.
Não sabes o que queres, vens de mansinho dizer que tens saudades.
O seguro não morreu de velho !!
HHoje 2008